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Archive for the ‘testes nucleares’ Category

Tureia, também conhecida como Papa-Kena, é um atol situado no arquipélago de Tuamotu na Polinésia Francesa. Trata-se de um atoll de 15 km de comprimento por 8 km de largura, com uma superfície de cerca de 8 km2 e uma laguna de 47 km2.

Hakamaru (ou Fakamaru), com 227 habitantes e situada no extremo norte, é a única aldeia da ilha. Quase todo o solo arável de Tureia é coberto por coqueirais.

Entre 1966 e 1996, época em que eram feitos os teste nucleares franceses em Moruroa e Fangataufa, Tureia acolheu um campo do “Centro de Experimentação do Pacífico – CEP” e também uma estação meteorológica. Hoje, estas construções estão abandonadas.

Apesar de Tureia estar a mais de cem quilômetros de distância ao norte de Mururoa e de Fangataufa, ela ainda vem pagando a conta pelos testes nucleares.  Os habitantes desse atol tem vivido com medo da possibilidade de deslizamento de algumas barreiras de corais próximas a Mururoa que provocariam ondas que podem acabar devastando Tureia por completo.

Saiu uma reportagem no Le Monde (Mururoa : après l’atome, la menace du tsunami) no dia 11/02/2011 que fala sobre essa possível tragédia; no UOL é possível ler essa mesma reportagem em português sob o título de Fragilizado, atol de Tureia poderá sofrer um deslizamento de terra seguido de ondas oceânicas.

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Tureia 2008 – vestígios do CEP na laguna (foto de Julie Pomery)
fonte: Mururoa – Mémorial des essais nucléaires français*

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Mapa da Polinésia Francesa com a localização de Tureia e Mururoa
fonte: Mururoa – Mémorial des essais nucléaires français*
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* Se você se interessa pelas questões que envolvem o testes nucleares executados na Polinésia Francesa, então não deixe de visitar o site Mururoa – Mémorial des essais nucléaires français.

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Após as explosões, foi dado ao Rainbow Warrior um lugar de descanso final na baía de Matauri, nas ilhas de Cavalli, pertencentes à Nova Zelândia.

A idéia foi proposta primeiramente pela associação subaquática da Nova Zelândia. Ele foi então rebocado para o norte com o casco remendado, em 2 dezembro 1987. Dez dias mais tarde, uma multidão acompanhou o enterro maori tradicional que foi dado a ele.

Em poucos anos o Rainbow Warrior se tornou parte integrante do ambiente que antes ajudava a proteger. Com o tempo ele transformou-se em um recife vivo e hoje possui um ecossistema complexo que transformou-o em um destino popular de mergulho.

Em 1987, o Greenpeace comprou uma nova embarcação, o Grampian Fame, e trocou seu nome para Rainbow Warrior. O novo Rainbow Warrior foi lançado em Hamburgo em 10 de julho de 1989, após dois anos de reparos.
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Rainbow Warrior, afundado por bombas colocadas
por agentes do governo francês, na Nova Zelândia.
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O Greenpeace praticamente nasceu no mar e com ele tem uma relação especial desde sua fundação em 1971, e ao longo de sua história, foram muitas as embarcações usadas pela organização, mas a mais emblemática delas foi a velha traineira adquirida em 1977 e batizada de Rainbow Warrior (Guerreiro do Arco-Íris) que teve seu nome inspirado em uma lenda dos índios norte americanos que profetiza que quando o homem destruir o mundo todo com sua avidez, os Guerreiros do Arco-Iris se levantarão para salvá-lo.

No dia 29 de abril de 1978, o Warrior levantou âncoras nas docas de Londres e seguiu defendendo o meio ambiente em campanhas memoráveis durante sete anos. No início dos anos oitenta, quando o governo Francês decidiu retomar seu programa nuclear, o Greenpeace iniciou uma campanha contra esses testes.

No dia 10 de julho de 1985 o Rainbow Warior estava na Nova Zelândia se preparando para visitar o atol de Moruroa numa campanha contra os testes nucleares franceses. Mas essa viagem não aconteceria: a embarcação, que estava ancorada no cais do Porto de Auckland, foi afundada aproximadamente às 11:48 da noite, em razão dos danos provocados pela explosão de duas bombas que foram colocadas em seu casco. Neste incidente um membro do Greenpeace, o fotógrafo Fernando Pereira (origem portuguesa, nacionalizado holandês) que estava a bordo da embarcação veio a falecer.

O grupo todo estava em choque e logo chamaram a polícia neozelandesa que reagiu rapidamente ao primeiro ato terrorista em seu território. Reunindo informações com os tripulantes, logo chegaram a um casal de franceses: os agentes Prieur e Mafart do serviço secreto francês.

O governo francês foi então pressionado pela opinião pública a iniciar uma investigação interna para que fossem averiguados os culpados pelo incidente. As autoridades do país passaram a admitir que foram enviados agentes do serviço de inteligência francesa para a Nova Zelândia a fim de obter informações das atuações do Greenpeace, mas continuava a negar envolvimento dessa equipe nesse ato terrorista.

Até que, em 22 de Setembro de 1985, o Primeiro Ministro da França confirmou que o Rainbow Warrior havia sido afundado por agentes franceses sob ordens superiores. Com tudo isso, o ministro de defesa da França acabou renunciando ao seu cargo.

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Os trabalhos em Moruroa iniciaram imediatamente. As primeiras tropas francesas chegaram à região em maio de 1963 e os primeiros trabalhadores civis chegaram em setembro de 1964.

Moruroa foi designado como base principal dos testes, enquanto que Fangataufa era inicialmente um posto de observações, entretanto, posteriormente acabou se tornando o palco de diversos testes atmosféricos e subterrâneos, incluindo o mais poderoso teste francês.

Em 1966, após três anos de preparativos e mais de 600 milhões de dólares, a França levou seu programa de testes nucleares para o Pacífico.

Por trinta anos, apesar dos protestos mundiais, os idílicos atóis de Moruroa e Fangataufa na Polinésia Francesa foram usados como base de testes nucleares franceses.

Os primeiros testes eram atmosféricos mas, seguindo protestos de outros países na região (em particular a Austrália) em 1975 os testes passaram a ser no subsolo.

Suspensos em 1992, os testes recomeçaram, por um curto período, em 1995 antes que fossem suspensos para sempre em 1996.

Hoje todas as instalações em Moruroa e em Fangataufa foram desmontadas mas os dois atóis são guardados por um pelotão de fuzileiros navais, e foram equipados com os sensores para detectar todo o movimento em sua base geológica.

Com a assinatura, em 1996, do Tratado de Proibição Completa dos Ensaios Nucleares, a França se comprometeu a nunca mais realizar esse tipo ensaio.

A área permanece uma zona militarizada e foi descrita por cientistas como uma lixeira nuclear no meio do Oceano Pacífico.

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Não tem como falar do Arquipélago de Tuamotu e não se lembrar dos ensaios nucleares que França realizou nesta região.

Entre os anos de 1960 e 1996, a França realizou 210 testes nucleares. Destes, 17 testes foram realizados em uma região do Saara Argelino, entre os anos de 1960 e 1966, e os outros 193 testes foram realizados no Pacífico Sul.

No ano de 1956, foi secretamente formado o “Comitê para Aplicações Militares da Energia Nuclear”. Era criado então o programa para o desenvolvimento de sistemas de lançamento de artefatos nucleares.

Em 1958, Charles De Gaulle assumiu novamente a presidência da França e, foi então dado sinal verde para o desenvolvimento da bomba nuclear francesa. Como resultado, já em 1960 a França fazia seu primeiro teste nuclear e se tornava a quarta nação a desenvolver e testar artefatos nucleares.

Em julho de 1962, foi tomada a decisão de criar uma nova base de testes nucleares e o local escolhido foi a na Polinésia Francesa, mais precisamente os atóis de Moruroa (também chamado de Mururoa) e de Fangataufa servriam como base para o “Centre d’Experimentation du Pacifique”.

Estes atóis foram escolhidos por razões geográficas: ambos eram desabitados, eram de fácil acesso, estavam distantes de regiões povoadas,e também estavam longe de rotas aéreas e navais. Além disso, a região apresentava condições metereológicas favoráveis para testes nucleares atmosféricos.

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