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Rainbow Warrior, afundado por bombas colocadas
por agentes do governo francês, na Nova Zelândia.
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O Greenpeace praticamente nasceu no mar e com ele tem uma relação especial desde sua fundação em 1971, e ao longo de sua história, foram muitas as embarcações usadas pela organização, mas a mais emblemática delas foi a velha traineira adquirida em 1977 e batizada de Rainbow Warrior (Guerreiro do Arco-Íris) que teve seu nome inspirado em uma lenda dos índios norte americanos que profetiza que quando o homem destruir o mundo todo com sua avidez, os Guerreiros do Arco-Iris se levantarão para salvá-lo.
No dia 29 de abril de 1978, o Warrior levantou âncoras nas docas de Londres e seguiu defendendo o meio ambiente em campanhas memoráveis durante sete anos. No início dos anos oitenta, quando o governo Francês decidiu retomar seu programa nuclear, o Greenpeace iniciou uma campanha contra esses testes.
No dia 10 de julho de 1985 o Rainbow Warior estava na Nova Zelândia se preparando para visitar o atol de Moruroa numa campanha contra os testes nucleares franceses. Mas essa viagem não aconteceria: a embarcação, que estava ancorada no cais do Porto de Auckland, foi afundada aproximadamente às 11:48 da noite, em razão dos danos provocados pela explosão de duas bombas que foram colocadas em seu casco. Neste incidente um membro do Greenpeace, o fotógrafo Fernando Pereira (origem portuguesa, nacionalizado holandês) que estava a bordo da embarcação veio a falecer.
O grupo todo estava em choque e logo chamaram a polícia neozelandesa que reagiu rapidamente ao primeiro ato terrorista em seu território. Reunindo informações com os tripulantes, logo chegaram a um casal de franceses: os agentes Prieur e Mafart do serviço secreto francês.
O governo francês foi então pressionado pela opinião pública a iniciar uma investigação interna para que fossem averiguados os culpados pelo incidente. As autoridades do país passaram a admitir que foram enviados agentes do serviço de inteligência francesa para a Nova Zelândia a fim de obter informações das atuações do Greenpeace, mas continuava a negar envolvimento dessa equipe nesse ato terrorista.
Até que, em 22 de Setembro de 1985, o Primeiro Ministro da França confirmou que o Rainbow Warrior havia sido afundado por agentes franceses sob ordens superiores. Com tudo isso, o ministro de defesa da França acabou renunciando ao seu cargo.
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